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13 nov 2013

Diário de uma mãe: o meu parto!

Pensei muito antes de decidir falar sobre o dia que tive a Maria Antonia. Confesso que cheguei a desistir, já que o intuito destes posts nunca foi gerar polêmicas. MAS, como escrevo há mais de 6 anos para leitoras muito queridas e que gostam deste espaço, resolvi arriscar mais uma vez pensando nelas. Afinal de contas, vocês também dividiram suas experiências do dia do parto comigo durante toda a minha gravidez, quando eu estava morrendo de medo e pedindo conselhos, certo?

Sim, tive muito medo, ainda mais por ser uma experiência que eu desconhecia. Não sabia como seria, o que iria sentir, como iria aceitar este momento. Quando cheguei nos 9 meses de gestação, meu médico me aconselhou a fazer o parto cesárea por questões médicas. O Dr. Paulino é muito profissional, tranquilo,  nada ansioso e sem dúvida alguma, faria um parto normal tranquilamente se esta fosse a escolha certa para mim. Ele fez tudo conforme a minha vontade, esperou até o momento certo para a M.A estar prontinha e na hora de sair da barriga da mamãe. Mas enfim, hoje não estou aqui para falar deste assunto tão polêmido que é o “cesária x normal”, já que este é um assunto extremamente pessoal, pois cada mulher quer – e tem o direito – de defender a sua causa e ter o parto que achar certo.

Mas vamos ao que interessa? O dia do parto! Este post é pra vocês, leitoras, que estão grávidas e já se decidiram fazer um parto cesárea, ok? Não estou tentando convencer ninguém ou alterar a sua escolha, até porque cada grávida sabe o que é melhor para ela. Mas acho justo contar alguns detalhes específicos da cesárea para as que estão com medo do procedimento, como a anestesia, pós operatório, etc…

Ps: a pessoa ta giga ou não? kkkkk

21 de Agostofui dormir pensando: “a partir de qualquer momento, vou ser mamãe!”, vou viver um momento único na minha vida, inesquecível. Prepara coração! Antes de dormir, rezei muito para a Nossa Senhora do Bom Parto, junto com o Antonio e dentro do quartinho da M.A pois já queria sentir a presença dela na nossa casa. Juro que isso me deixou mais tranquila, pois deixei nas mãos de Deus e Nossa Senhora. Sempre aconselho as minhas amigas a rezar neste momento de maior ansiedade e medo, pois nos ajudam a relaxar e acreditar que tudo vai sair conforme o esperado e abençoado. Seja lá qual for a sua religião, tire um tempinho para você e só pense em coisas boas!

22 de Agosto acordei feliz pois sabia que estava prestes a conhecer o amor da minha vida, mas também muito ansiosa pois iria passar por uma cirurgia e nunca tinha passado por isso antes. Acordamos, eu e Antonio, lá pelas 8 da manhã. Fiz todo o meu ritual do dia a dia, conferi a mala da maternidade, peguei a minha santinha e meu livrinho de orações da Eleanor. Tomei um suco e comi uma bolacha água e sal (recomendações médicas). Para o look, pensei em algo bem especial, pois queria me arrumar e ficar linda para a chegada da minha princesa! Mas naquele momento não tinha cabeça para pensar em qual roupa usar, por isso já deixei tudo pronto no dia anterior.

Logo depois, umas 9:30 da manhã, passamos no consultório do meu obstetra para passar pomada anestésica Emla nos pontos onde iria tomar picadas ( ai ai ai, essa palavra arrepia né? kkkkk). Cada paciente tem uma preparação, tudo depende do seu médico, mas a Emla me ajudou demaissssss a não sentir dor alguma, nem mesmo a picada na mão para colocar o soro. Depois disso, fomos para a Unimed de Araçatuba (adorei tudo, os funcionários, o atendimento, a organização, o quarto, tudo nota 10) e dei entrada na internação. Este momento foi tenso, porém muito alegre pois a nossa família chegou em peso para o nascimento da M.A! Meus pais, minhas irmãs, os pais do Antonio e seus irmãos, toooodo mundo, até a Andreinha fotógrafa hehehe! Registramos todos os momentos, o quarto onde eu estava, a decoração, tudo! Conversamos, demos risadas, mas claro, minha cabeça estava a mil, só pensando na cesárea que estava para acontecer em poucos minutos e na minha filha que estava chegando!

Enfim, chegou a hora! Coloquei a roupinha verde do hospital e foram me buscar na maca. Este é, na minha opinião, o segundo pior momento da cesárea, que eles te levam na maca, naquele corredor sem fim, te dando tempo para pensar no que está prestes a acontecer. O pior momento de todos para mim não foi a anestesia, que eu tanto temia, e sim os minutos na salinha de espera para entrar no centro cirúrgico. Aquela salinha me matou de ansiedade e eu só conseguia chorar e rezar! Nesta hora a cabeça está a mil, né? Mas graças a Deus o meu anestesista Dr. Fenelon, que é um foooooofo e excelente profissional, foi conversar comigo e tentar me acalmar. Logo depois fomos para o centro cirúrgico, e por incrível que pareça, lá dentro fiquei bem mais tranquila pois vi pessoas que eu já conhecia e confiava como o meu gineco Dr. Paulino, o Dr. Rogério, Dr. Fenelon, a pediatra da M.A Dra. Luciana Alves e a enfermeira super top Sueli, isto me tranquilizou demais! É incrível como esta confiança na equipe médica me deixou muito mais tranquila. Para mim, confiar nos profissionais e conhecê-los muito bem me deixou mais relaxada. Cidade do interior é ótima porque nos relacionamos com todo mundo desde sempre rs. O Dr Paulino conheço desde que virei mocinha haha, o Dr. Fenelon sempre fez academia no meu horário, o Dr. Rogério (gineco que opera com o Paulino) mora no meu prédio e com a Sueli sempre dei altas risadas nas inúmeras consultas que fui. Para a minha tranquilidade, todos ainda são excelentes profissionais, ou seja, equipe super TOP!

Mas continuando… O meu maior medo era da anestesia. Durante o parto, o Dr. Fenelon foi um santo, pois conversou o tempo todo comigo e explicou passo a passo o que ele estava fazendo. Começando pelo soro da mão, ele que fez questão de colocar e não doeu NADA! Sempre com muita cautela e paciência, fomos para a anestesia raque. Aplicou a primeira e eu não senti nada. A segunda e também nada. A terceira e nada ainda! Então ele falou “já passou”!!! Eu nem acreditei! Ps: foram 3 porque ele faz um mix de anestesias para uma amortecer a outra, sabe? Até chegar na raque que teoricamente seria um pouco mais dolorida, mas não foi! Então bloguetes, o que eu quero dizer pra quem vai passar por isso é que NÃO DÓI. Podem confiar em mim, eu era a pessoa mais medrosa deste mundo, odeio agulhas e nunca tinha tomado anestesia na vida. Claro que depende de cada profissional, mas pelo que li em depoimentos de muitas mães que passaram por isso, a maioria também não sente dor alguma!

A picada da anestesia não é nada perto da aflição que eu senti quando ela começou a fazer efeito. Aí sim é um momento chato, mas que também passa rápido. Dá um medo de parar de respirar, parece que vai anestesiar tudo! Mas mais uma vez, os médicos ficaram conversando comigo, me acalmando, com muuuuita paciência, esperando com muita calma cada passo da cirurgia. Este momento durou uns 5 minutos e logo passou. Não fiquei com aflição de não sentir as pernas, pois tinha certeza que era só por alguns minutos. Logo depois o Antonio entrou na sala e eu fiquei suuuper aliviada e feliz com ele ao meu lado. A presença do marido ou de alguém da família nos traz mais tranquilidade ainda! Ele foi demais de fofo, ficou conversando comigo e me acalmando o tempo todo! E olha que eu sempre achei que ele fosse dar trabalho porque sempre morreu de medo de hospital hahaha! Mas parece que eles (os maridos) ficam fortes nesta hora, né?

Passado uns 20 minutos o Dr. Paulino avisou que a Maria Antonia já estava chegando!!!! Ai que momento lindo, foi demais!!! Ela chorou, eu chorei, o Antonio chorou, foi muito emocionante! Na hora eu perguntei se ela era loirinha igual ao pai e o que eu sempre tive certeza e sonhado várias vezes, foi confirmado rs!!!! Graças a Deus ela nasceu muito saudável e tirou nota 10!

A cirurgia terminou, fui para o meu quarto e depois foi só alegria! A minha recuperação foi ótima, não posso reclamar, só senti uma dor super forte quando sai da cama um dia depois da cirurgia. Levei um dia para me acostumar a andar novamente com o corte da cesárea, este momento é muito difícil, não vou mentir, mas após isso, fiquei bem e já tive alta! Em casa foi muito tranquilo, dois dias após o parto já andava pra lá e pra cá, pegava a M.A, sentava, levantava, recebi visitas rssss…

Hoje eu tenho a minha filha que tanto amo! É um amor que cresce a cada dia, a cada descoberta. É um presente de Deus, o melhor presente de nossas vidas! Como é bom ser mãe!!!

Bom, consegui tirar lá do fundo das minhas emoções para contar pra vocês como foi o parto da M.A. Se eu tiver outro filho, não posso dizer como será o parto, pois não sei, quero tomar a decisão beeem pertinho da hora, como fiz desta vez. Quem sabe tentarei um normal? Só o tempo dirá rs!!!

E como existem mulheres que também sonham em ter um parto normal, pedi para uma amiga muito próxima contar como foi o seu! O Luca nasceu exatamente um mês antes que a Maria Antonia (meu futuro genrinho hahaha) e a Paty não é mãe de primeira viagem, pois também tem o Caio. Achei interessante mostrar as duas versões, da cesárea e do normal, pois assim eu não fico defendendo nem um ou outro. Sou uma pessoa neutra que teve uma filha de parto cesárea e está feliz assim. Não me sinto menos mãe e minha filha é linda, saudável, alegre e esperta do mesmo jeito que seria nascendo de normal. A Paty já teve uma cesárea e no segundo optou pelo normal com analgesia. Olha só o depoimento dela:

Ninguém acreditou que eu ia fazer parto normal, ainda mais depois de eu ter tido o primeiro filho, o Caio, de cesárea…

Eu sempre quis ter meus filhos de parto normal, mas, na primeira gravidez, só consegui convencer o meu marido que ele é muito bom tanto para mãe quanto para o filho depois do sétimo mês de gravidez. Não estar decidida do que eu queria desde o começo, foi um dos motivos que não me levou “até o final” e com 40 semanas decidi que não aguentava mais o barrigão e marquei a cesárea para o dia seguinte…
Mas quando fiquei sabendo que estava grávida dp segundo, nada me tirava da cabeça que ia “parir” o meu Luca… Meu marido Gabriel e eu procuramos uma Doula, que nos esclareceu várias duvidas e combinei de ir em encontros semanais com outras grávidas pra falar sobre o parto normal. Fui num encontro e foi ótimo, fiquei ainda mais confiante que ia parir!!! Mas, como não sou uma pessoa muito comprometida, depois de um encontro eu não voltei mais…  Os meses foram passando e eu ainda estava confiante em fazer o parto normal, mas o medo ia aumentando a cada dia. O medo foi crescendo tanto que passei a conversar com meu marido a respeito, e também com algumas amigas que ja tinham “parido” o primeiro filho… Confesso que até pensei em desistir.
Por volta da 38º semana eles me convenceram a voltar na Doula. Ela foi uma peça chave nesse parto, conversamos durante uma hora mais ou menos e descobri que meu maior medo não estava na dor, e sim na possibilidade de não conseguir provar pra todo mundo que eles estavam errados, ou seja, de acharem que eu fosse desistir (como foi do primeiro filho)!!!! Combinei com ela que levaria o Gabriel para uma “sessão”. Conversei bastante com ele e fiz ele prometer pra mim, que por pior que fosse a dor, que por mais que eu insistisse em desistir e fazer a cesárea, ele não deixaria… Ele iria me ajudar a conquistar esse sonho…
As contrações começaram num sábado, que até então eu nem sabia que eram contrações (achava que eram dor de barriga, hihihi)… Até fui num casamento, dancei um pouco e tudo mais! No domingo por volta de 19h resolvi ligar pra minha médica, e contei pra ela dos pequenos desconfortos que eu estava sentindo… Realmente eram bem pequenos, cheguei a pensar “Gente, se a dor das tais contratações for só isso eu tiro isso de letra”. A médica me orientou a ir ao hospital pra ela fazer o toque e ver se realmente eu estava tendo contrações e dilatação. Para a minha surpresa, já estava com 2cm de dilatação e em trabalho de parto! Ela me orientou que eu fosse pra casa, arrumasse minhas coisas, descansasse (eu cheguei até a cochilar) e por volta de 23hrs voltasse para o hospital para internação (eu nao tinha intenção de fazer parto em casa, me sentia mais segura no hospital). Às 23h eu já estava com 4cm, mas as dores estavam aumentando…Só que nada como o que eu ja havia ouvido falar, estavam muito tranquilas… O tempo foi passando e as dores foram aumentando cada vez mais, as contrações ficaram cada vez mais próximas, uma dor inexplicável! As 3 hrs da manhã eu desci para o centro cirurgico (a minha médica faz os procedimentos dela assim, não que eu tinha intensão de fazer cirurgia). Acho que neste momento fiquei fiquei um pouco tensa, porque continuei a sentir dores, e a dilatação parou, nos 6cm.
Foi ai que o desespero começou, as dores estavam fortes demais. A cada contração eu pedia pelo amor de Deus para o meu marido para fazermos a cesárea, e pedia para a médica tambem. A Dra. me respondeu “Patricia, gostaria muito de te ajudar a conquistar o seu sonho…vamos esperar mais um pouco…”. Então eu implorei para a médica aplicar a analgesia (aquela pequena anestesia que diminui as dores da contração), mas ela só podia me dar a bendita da anestesia quando eu completasse 7cm. Afffff como foi sofrido, quanta dor eu senti! Resolvemos então estourar a bolsa (a bolsa nem sempre estoura quando comecam as contrações), porque ela disse que talvez ajudaria o neném a descer e ajudaria na dilatação. Não adiantou muita coisa e sofri mais um pouco até que cheguei nos 7 cm e a analgesia foi liberada! Que alívio, não sentia mais dor alguma! Depois da analgesia o parto foi um paraíso, a doutora me falou a hora de empurrar, fiz muita força e enfim meu bebê nasceu lindo e saudável no dia 22 de Julho às 5:00 da manhã.
Eu nao sei explicar o que senti! Além da felicidade imensa de ter outro filho, eu estava me ACHANDO. Me achando a mulher maravilha, uma mulher poderosa, satisfeita e orgulhosa de mim mesma, afinal, eu consegui! Mas acima de tudo, eu senti um amor IMENSO pela pessoa que esteve ao meu lado o tempo inteiro, me apoiando e que não me deixou desistir: meu marido!!!
Ufa!!! Que depoimento lindo e emocionante da Patty, né bloguetes? Depois de lembrar todos os momentos de alegria que passei no meu parto cesárea e ler os momentos que a Paty passou com o dela, a conclusão é uma só: não existe regra, não existe certo e errado, pois não existe nada mais mágico do que gerar um filho! A maneira que ele nasce, se é um ou outro, é fichinha perto do que uma mãe ainda vai sentir de emoção, alegria, satisfação e amor durante a vida inteira do seu filho! O que mais vale no final disso tudo é ter nossos bebês saudáveis em nossos braços, não é? Desejo um parto maravilhoso à todas, abençoado e que seus bebês cheguem perfeitinhos e que tragam muitas alegrias para suas famílias 🙂

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Respostas de 125

  1. Olá Mariah. Comecei a acompanhar o blog recente e fiquei encantada com esse post. Um relato tão único, especial e que você compartilhou de maneira doce com todos. Parabéns! Que você tenha sempre muita alegria e saúde. Serei mamãe em breve, estou gravida do meu primeiro bebê com quase 5 meses completos.
    Um beijo. Estarei te acompanhando!

  2. Nossa que emocionante seu depoimento. Voltei cinco anos atrás quando meu Tito nasceu!!!De parto cesária e nem por isso me sinto ou somos menos ou mais mães que outras pessoas!!!Gente acho que ter filho de parto normal deve doer, com certeza, mas amamentar não é fácil nos primeiros 15 dias. Para mim, foi muito difícil, apesar de seguir tudo que minha médica havia falado!!!Não é verdade Mariah? Mas depois se torna prazeroso demais!!!!Mas o início é tenso, se não fosse meu marido me apoiando, não sei o que seria de mim….Parabéns Mariah! Sua MA é linda…..

  3. Oi Mah, seu relato foi incrível, me fez lembrar do dia do meu parto, o dia mais feliz da minha vida, quando vi o rostinho da minha princesa, com certeza é o momento mais especial pelo qual nó mamães passamos. Também fiz a cesária e foi muita tensão, pois nunca tinha passado nem perto de um centro cirúrgico, mas todo o medo e todo esforço valeu super a pena, não tem nada melhor que gerar um filho e sentir o que é o coração batendo fora do peito. Um beijo e muita saúde e paz para a M.A!

  4. Muito lindo seu post! E é verdade… toda essa angústia, ansiedade, mistura de medo com poder… é tudo muito mágico! Quando soube que eu estava grávida passou um filme em minha cabeça. Que a partir daquele momento tinha um bebezinho dentro de mim… Até que fiz uma ultrassonografia e descobri que não era apenas um \”serzinho\” e sim dois! Mas infelizmente um dos bebês não se desenvolveu bem, e o próprio organismo se encarregou, enfim… Posso dizer que naquele momento me senti tão impotente… meus olhos se enchem de lágrimas só de lembrar… Mas ao mesmo tempo eu tinha que ser forte, pois tinha um outro coraçãozinho dentro de mim. Fiz repouso, recomendações médicas, tomei vitaminas, tudo perfeitamente… E hoje tenho o meu mais precioso troféu… O meu sonho cor-de-rosa, a minha princesinha, a minha vida… A minha Maria Letícia. Ela já está com 9 anos, mas pra mim será sempre a minha pequena Lelê Leléka… Uma amiguinha e tanto! Companheira, cumplice, carinhosa, meiga, linda… Não tenho adjetivos para descrevê-la… Me transformei com a vinda dela… Me tornei uma leoa para defende-la custe o que custar… Faço tudo para que ela fique e esteja sempre bem… Tenho tanto amor pela minha boneca que chega a doer! Dou minha vida por ela… Inexplicável tudo isso né! Mas não é não… Todas essas coisas se resumem em uma só palavra… \”Mãe\”.

  5. Oi, Mariah! Não sou mãe ainda, mas sou uma jornalista que quer ser mãe e gosta de ler sobre assuntos ligados à gestação e à maternidade. Primeiramente, achei seu depoimento muito sincero e genuíno, você falou do tema que mais representa a feminilidade, e isso mexe com os brios de todas nós. Parabéns pela coragem. Como futura mãe em 2014, rs, sou da escola que acredita que gestantes saudáveis, em tese, podem sim parir naturalmente. No parto acontecem processos fisiológicos fundamentais para mãe e filho, e lamento o fato de os médicos terem perdido a capacidade de acreditar que as mulheres podem parir. Bebês \”avisam\” quando querem nascer, por isso existe o trabalho de parto. Se a cesárea for feita antes do TP, o bebê nascerá antes da hora. Não quero que veja isso como crítica, apenas como informação que pode ser útil no futuro, caso deseje dar irmãos à MA, ok? Continue fazendo o seu melhor, gosto do seu trabalho. Estava sentindo falta do \”Como Usar\”. Um beijo, Dani.

  6. Lindo depoimento ja tinha visto as roupinhas o quartinho as dicas mas realmente essa foi a melhor . Amei sua historia perfeita p mim q vou ter minha menina no dia 22/11 e tb juntamente com meu dr foi optado por uma cesarea . Tomara q eu tenha a mesma sorte e seja tudo tranquilo .Q deus nos de força coragem e muita saude . Parabens pela MA. Bjs

  7. Ola Mariah, estava esperando ansiosa seu post a respeito da sua cesária,acompanhei pelo instagram sua gravidez.Tenho 25 anos, estou gravida de um menino que vai se chamar Arthur,meu primeiro filho,vai ser minha primeira cirurgia, e tudo mais,nasce final de novembro, esta pertinho, e estou muitíssimo ansiosa e com muito medo!=/
    Adorei seu relato, muito emocionante, espero que minha cesária seja tranquila como a sua.
    Sua filha esta linda!

    beijos.

  8. Mariah, que bom que o seu parto foi tranquilo e do jeito que você sonhou!! Tem que ser assim mesmo, independente de ser normal ou cesariana né! Tbm concordo que tem que ser uma escolha refletida pelo casale que respeite as vontades da grávida! O meu foi normal, como eu queria. Se pudesse, só acrescentaria a banheira, porque a água morna realmente ajuda a diminuir as dores do parto!! Eu fiquei muito contente com a minha experiência, me identifiquei com o relato da sua amiga, pois até o dia da minha bb nascer eu ainda estava com medo pq minha bb era relativamente grande e tinha receio de não conseguir parir. Tbm frequentei um grupo de apoio a casais grávidos, tirei minhas dúvidas com uma doula e só assim tive segurança para sustentar minha vontade!! Eis o meu relato de parto:

    Fiz 39 semanas numa sexta-feira e não sentia nada, nenhum sinal de que minha bebê estava para chegar, a não ser pelos pés inchados que se instalaram dois dias antes e não queriam mais desinchar. Fora isso, não sentia nem a mínima cólica, o que me deixava ansiosa e apreensiva porque queria que meu parto fosse normal e a médica já tinha avisado que esperaria somente até a quadragésima semana para fazer o parto.Fui dormir meio desapontada. Foi então que na meia noite de sábado comecei a sentir as contrações: pequenas dores nas costas bem suportáveis. Parecia uma dor de barriga. Fui no banheiro e elas passaram um pouco. Até pensei que não estava em trabalho de parto. Me deitei e as dores voltaram. Elas vinham de meia em meia hora, eram pequenas e irradiavam das costas para o pé da barriga. Bem suportáveis, como pequenas cólicas. Assim, duvidando que eram realmente as contratações, eu consegui dormir entre uma dor e outra. Às 3:40 senti um chutão da minha bebê e um \”ploc\”. Minha bolsa tinha estourado! Só que o líquido veio com sangue vivo, deixando a água que escorria rosada. Corri para o hospital com receio por causa do sangue, mas fui examinada pelo médico platonista e a bebê estava bem, com os batimentos cardíacos ótimos e eu estava com 4 cm de dilatação. As dores vinham de 10 em 10 min. Depois de 5 em 5, logo de 3 em 3 minutos, durando 1 minuto cada. Assim, para acelerar o trabalho de parto, eu fiquei caminhando pelo corredor do hospital, acompanhada pela minha mãe e irmã e pelo marido querido. Quando vinham as contrações eu parava de andar, me apoiava no meu marido e eles me faziam uma massagem bem forte na lombar, o que aliviava um pouco a dor. Desde o início, a cada hora, os enfermeiros mediam minha pressão e verificavam os batimentos da bebê. Até os 7 cm de dilatação (8h da manhã) as dores eram totalmente suportáveis e eu estava muito feliz porque sabia que em algumas horas minha filha estaria em meus braços! Só a partir dos 8 cm é que as dores ficaram mais fortes. Foi então que resolvi ir para o chuveiro bem quente, e deixava a água cair sobre minha lombar. Isso me aliviou um pouco, mas quando as dores atingiam um pico eu cheguei a duvidar se iria conseguir. Eu achava que iria desmaiar de dor, nem cheguei a pensar em pedir anestesia, porque antes minha médica já havia avisado que não haveria anestesista presente no momento do parto e que se fosse realmente necessário ele seria acionado e demoraria a chegar. Não pedi cesariana porque estava decidida que faria normal, já que já tinha sentido todas aquelas dores por tanto tempo. Mas duvidei que me corpo aguentaria tamanha dor e nessas horas eu olhava para meu marido e perguntava: – Eu vou conseguir??? E ele sem hesitar respondia: -Cooom certeza! Você é forte e já está quase acabando! Nossa bebê tão amada e esperada está chegando! Isso me ajudava a recuperar as forças e a não querer desistir. Com as últimas dores vinha uma vontade de fazer força. Tentei ficar de cócoras mas a dor aumentou. Tentei ficar de quatro em cima da cama, mas doeu mais. Nisso, minha médica veio verificar a dilatação mais uma vez e me pediu que deitasse de barriga para cima na cama. Pediu que eu segurasse minhas pernas flexionadas e as puxasse em direção à minha cabeça. Meu marido segurava minha cabeça e a puxava em direção ao meu peito, tirando-a do travesseiro. Quando vinham as contrações, minha irmã fazia a respiração bem forte perto do meu ouvido, assim eu a escutava respirando e a imitava respirando também.O pediatra que pegaria a bebê chegou e me pediu que fizesse uma força bem longa quando as contrações viessem. Porém, nas primeiras tentativas eu parava de fazer a força quando a contração terminava. Foi então que ele falou para segurar a força mesmo que a contração fosse embora. Assim eu fiz, e ao mesmo tempo tendo que respirar. Fiz duas vezes a maior força da minha vida e minha filha nasceu às 10 horas, em ponto.Quando ela saiu só senti uma ardência, e a dor das contrações parou na mesma hora. O que dói são as contrações finais e ter q fazer a força junto com a contração. Assim que nasceu, minha filha foi colocada em meu peito e a felicidade invadiu minha alma!!! Comecei a conversar com ela e a dizer o quanto ela foi esperada e ela parou de chorar na hora e ficou me olhando!!! Durante esse período a médica fez os pontos. Não injetaram ocitocina em mim, nem fizeram episiotomia. Mas tive vários pontos em razão da laceração. Meu marido ficou comigo até o fim, o que foi primordial porque no fim achei que não conseguiria! Sempre tive muito medo do parto, nunca quebrei uma unha, mas é incrível como nascemos preparadas para parir. Faria tudo de novo! Foi uma experiência maravilhosa, que serviu para me mostrar o quanto nós mulheres somos fortes! 

  9. Tive 3 partos normais com anestesia e não sofri do jeito que a Paty sofreu. Sempre sonhei com parto normal, desde o início da primeira gestação. Durante o trabalho de parto, senti como se fosse uma dor de cólica,que se intensificava a cada momento, mas nada insuportável.Como recebi a peridural contínua, o catéter foi instalado em meu corpo no início do trabalho de parto, e o anestesista só ficava aguardando o momento certo para inserir o anestésico, quando as dores estivessem realmente lancinantes…enquanto isso não acontecia, fiquei sentada, conversando com a equipe e com meu marido, rindo e me distraindo. A conversa agradável era interrompida por contrações dolorosas, eu respirava fundo e segurava firme a mão do meu marido. A dor ficava um pouco amenizada pela sensação de que aquelas contrações estavam trazendo meu bebê para meus braços, e tornava-se um momento de coragem.No momento em que as contrações começavam a se intensificar e a espaçar menos, solicitava ao anestesista que ele entrasse \”em ação\”, de forma que a \”saída\” do bebê não foi dolorosa em nenhuma das vezes. Mas precisei fazer muita força pra empurrar meus bebês, e é uma emoção maravilhosa o empenho da equipe te encorajando, dizendo que está quase conseguindo, quando, enfim, você vê aquela cabecinha saindo de dentro de você. É verdade, consegui ver a cabecinha deles saindo, pois as enfermeiras me posicionaram para isso na hora exata. Me considero realizada por ter participado ativamente do nascimento dos meus filhos, e repito quantas vezes for preciso: parto normal é uma experiência fantástica, maravilhosa e emocionante demais. O que me entristece é conhecer tantas mães que querem ter parto normal mas não são encorajadas pelos médicos, que sempre usam desculpas para fugir do trabalho: circular de cordão, bolsa rota,etc. Sou enfermeira e posso afirmar que existem, sim, muitas indicações para cesárea e algumas contraindicações para o parto normal, mas não como é colocado hoje. Duas das minhas filhas apresentavam circular de cordão e na primeira gestação minha bolsa rompeu em casa, por isso o parto teve que ser induzido. Um conselho às mulheres, não tenham medo das dores de parto, e procurem saber a respeito do parto com peridural contínua, que é uma ótima opção para as que não querem sentir toda a dor intensamente, mas querem participar integralmente da vinda do bebê.

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